Carta aberta das associações dos ucranianos em Portugal devido aos acontecimentos politicos na Ucrânia

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Ao Presidente do Conselho Supremo da Ucrânia,
Aos Deputados do Povo do Conselho Supremo da Ucrânia,
Ao Tribunal Constitucional da Ucrânia,
À Procuradoria-geral da Ucrânia:

  Apesar das repetidas ameaças à segurança na Ucrânia por parte dos altos dirigentes da Federação Russa, caso esta decida avançar com a adesão à NATO, o Presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, ultrapassando a autoridade que lhe foi conferida pela Constituição Ucraniana e pelos ucranianos (a saber: o artigo 17-i , em que se afirma que: "No território Ucraniano não é permitida a localização de bases militares estrangeiras”, e que:" Para proteger a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, a garantia de segurança económica e informacional são as funções mais importantes do Estado perante todo o povo ucraniano), assinou com o presidente russo, Dmitriy Medvedev, em Kharkiv, a 21 de Abril de 2010, um acordo sobre a extensão da Frota do Mar Negro na Crimeia de 2017 a 2042.

  Esta não é a primeira ocasião em que o recém-eleito Presidente destabiliza a situação política, cria confrontos étnicos gerados em diferentes regiões, e põe em risco a integridade da Ucrânia.

  É renitente a intenção de introduzir o russo como segunda língua oficial da Ucrânia, o que, sem dúvida, acontece para a destruição da nação ucraniana, ignorando a Lei da Ucrânia № 376-V sobre o Holodomor (Holocausto conduzido por fome), reduzindo os programas de investigação sobre os crimes cometidos sob liderança da União Soviética, com uma postura anti-ucraniana sobre o papel da UPA na luta pela libertação e independência, etc. Tudo isto não é senão uma destruição planeada em prol dos planos imperiais de um Estado estrangeiro, que pretende cobrir o Estado-nação “Ucrânia”.

  Em vez de apresentar um programa claro contra a crise económica da Ucrânia, Viktor Yanukovich apoia os passos que o Governo da Ucrânia dá, liderado por Mykola Azarov, respondendo aos requisitos políticos de outros estados, em troca de benefícios económicos estrategicamente duvidosos, traindo, assim, os interesses nacionais da Ucrânia em geral.

  Nós, ucranianos, devido a condições socioeconómicas, vivemos agora em território português, mas mantemos connosco o estatuto de cidadãos da Ucrânia, e investimos no nosso país a maior parte do dinheiro dificilmente ganho (dólares e euros), desejando, no futuro, voltar para a nossa Pátria. Como cidadãos ucranianos, condenamos o movimento do actual Presidente da Ucrânia, o Governo, e a oposição do Conselho Supremo da Ucrânia, juntamente com as forças anti-ucranianas que conduzem à entrega parcial da soberania da Ucrânia (mantendo quase eternamente a base militar russa na Ucrânia).

     Apoiando a iniciativa das forças democráticas da Ucrânia – Requeremos: 
Iniciar o processo de reeleição do Presidente da Ucrânia, do Conselho Supremo, e o processo de demissão do Governo da Ucrânia.



Associação dos Ucranianos em Portugal – SPILKA,
Associação Ucraniana de Portugal "Sobor", 
Movimento Cristão dos Ucranianos em Portugal.

 

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