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70 anos atrás, no fim de outubro de 1947 na Ucrânia começou a operação soviética chamada “Zapad”. A ação consistia em deportação da Ucrânia Ocidental mais de 76.000 pessoas, acusados unicamente de serem “desleais para com o poder soviético”. Os ucranianos eram levados à Sibéria e Cazaquistão e deixados lá, praticamente ao céu aberto.
“No decorrer de um dia (!), mais de 76 mil pessoas foram deportados à força para enfraquecer o movimento de libertação [nacional] ucraniano. Mesmo após o fim da guerra mais sangrenta, a Segunda Guerra Mundial, as forças punitivas do Estaline continuaram a aterrorizar o nosso povo com repressão e deportação, mas não conseguiram destruir o seu espírito livre. Lembraremos. Sejamos fortes”, escreveu presidente ucraniano Petró Poroshenko em sua página do Facebook.
Preparações para a deportação
Em 10 de setembro de 1947, o Conselho de Ministros da União Soviética aprovou um decreto “Sobre o despejo das regiões ocidentais da Ucrânia Soviética às províncias de Karaganda, Arkhangelsk, Vologda, Kemerovo, Kirov, Molotov, Sverdlovsk, Tyumen, Chelyabinsk, os membros das famílias [dos membros da] OUN e bandidos ativos, presos e mortos em combates”.
De facto, o governo soviético planeava retirar da Ucrânia, todos aqueles que defendiam o modelo de uma Ucrânia não-soviética. Prestem atenção à um detalhe importante no título do decreto – a frase “os membros das famílias”. De facto, as famílias de todos os que participaram na resistência anti-soviética se tornavam responsáveis por actos que eles próprios não cometeram. Filha ou filho do “inimigo do povo”? Serão deportados à Sibéria! Uma clássica violação da “legalidade socialista”, cometida pelo estado soviético.
No outono de 1947, em Lviv, Drohobych, Rivne, Chortkiv, Kolomyia e Kovel, foram criados pontos de recepção de famílias de “nacionalistas”, entregues pela MGB e o seu envio aos assentamentos especiais (de facto, aos campos de concentração). Ao cada centro de recepção (eram seis no total) foram alocados quadros de funcionários, compostos por um chefe, o vice-chefe para área operacional, um chefe de segurança e nove vigias.
Para Sibéria nos vagões de gado
Em outubro de 1947, o tenente-general da MGB, Ryasnoy, aprovou o chamado “Plano de Medidas do Ministério do Interior da RSS [república socialista soviética da] Ucrânia para o transporte de deportados especiais das regiões ocidentais da RSS da Ucrânia”. Primeiro, de acordo com este plano, se planeava deportar 25 mil famílias com uma população total de até 75 mil pessoas, mas logo o MGB soviético aumentou a “quota” para 100 mil. Petró Poroshenko se referia aos “mais de 76 mil”, mas alguns historiadores falam em 150 mil pessoas, com base em dados da resistência anti-soviética ucraniana.
O estado-maior do MGB começou à operar na cidade de Lviv em 15 de outubro de 1947, recebendo os operacionais, vindos das regiões leste da Ucrânia, com patentes no mínimo de capitão, nomeados os comandantes de comboios/trêm. Ao pedido do MGB, em 15 de outubro de 1947, o CC da CP (b) da Ucrânia e o Conselho de Ministros da RSS da Ucrânia adotaram um decreto secreto “Sobre o procedimento do uso de terra e propriedade deixada após a deportação de famílias de nacionalistas e bandidos”. De facto, este decreto permitia a pilhagem legal dos bens dos ucranianos visados. Uma pessoa sem nenhum julgamento ou investigação era declarada como “bandido”, essa pessoa era fuzilada ou deportada, e a sua família era roubada.
A operação “Zapad” começou em 21 de outubro, às 6 da manhã, comandada pelo vice-ministro do Interior da Ucrânia soviética, Dyatlov. Em 24 horas foram deportadas 26.644 famílias, um total de 76.192 pessoas: 18.866 homens, 35.152 mulheres e 22.174 crianças. Os esperavam, os trabalhos forçados nas minas e kolkhozes da Sibéria. Toda a sua propriedade foi saqueada e entregue aos kolkhozes nas suas áreas de residência na Ucrânia. Os deportados eram chamados pela propaganda soviética de “kulaks”, os “ricaços contra-revolucionários” e “inimigos do povo trabalhador”, mas até mesmo as estatísticas soviéticas, por exemplo, na área de Drohobych comprova que essas pessoas tinham uma (!) vaca por cada família, apenas ¼ deles – um par de cavalos, apenas um 1/3 - um porco e poucos tinham arados e outra ferramenta agrícola. Como “inimigos do povo trabalhador” foram designados camponeses comuns, após disso eles foram deportados para a Sibéria.
«Amizade dos povos num país de felicidade geral»
Após a abertura dos arquivos ucranianos do KGB, surgiram vários detalhes e documentos interessantes sobre as ações do poder soviético na Ucrânia. Na URSS, constantemente se falava sobre “amizade de povos que coexistem de forma pacífica e feliz no território da URSS”, mas os documentos mostram claramente como exatamente essa “amizade” foi criada – o cidadão era “amigo” quando compartilhava completamente todas as doutrinas e ordens criadas pelo sistema soviético, caso contrário a pessoa era declarada como inimigo, nacionalista, “seguidor do Bandera” e sujeito à destruição.
Extrato do relatório final sobre a preparação, execução e os resultados da operação “Zapad” no território da região de Lviv. Aqui, para fortalecer a “amizade dos povos”, os ocupantes soviéticos precisaram de 5.344 soldados:
Extrato do relatório final sobre a operação “Zapad” na região de Rivne, aqui o curso de fortalecimento da “amizade dos povos” é anotado literalmente por cada hora – como exatamente a essa “amizade” se fortaleceu às 10, 12, 14 e 16 horas no dia 21 de outubro de 1947 (foram deportadas 3.320 famílias ou 11.568 pessoas).
Declaração sobre o número de famílias deportadas das regiões ocidentais da Ucrânia – os que “contrariavam a amizade dos povos” (25.299 famílias ou 75.500 pessoas).
“TRABALHO POLÍTICO JUNTO ÀS POPULAÇÕES”
No período preparatório, entre a população local, foram realizadas conversas e apresentados as palestras sobre os temas:
a) O que o poder soviético deu aos camponeses trabalhadores?
b) Sobre a implementação do plano de colheita de produtos agrícolas.
c) Quem são os nacionalistas ucranianos.
d) O caminho do kolkhoze é o único caminho certo para os camponeses.
e) Regulamentos sobre as eleições aos conselhos locais da RSS de Ucrânia”, etc.
Como resultado do trabalho realizado, em várias aldeias foi organizada a entrega adicional da batata ao estado [soviético]”.
Bem, seus faxistas, agora já querem a nossa amizade dos povos?
Vocês vão querer.
O perfil das vítimas
Quem sofreu no decorrer da operação “Zapad”? As autoridades soviéticas deportavam os mais ativos – aqueles que não concordaram, não queriam tolerar a injustiça e pobreza, que ousava discutir e ter a sua própria posição. Permaneceram aqueles que concordaram com tudo, que preferiram não interferir, não para discutir com as autoridades, para não se revelar – mais tarde, muitos deles formaram o tal “povo soviético”, obediente e sem iniciativa, endeusando os líderes e não tendo sua própria opinião.
De facto, a deportação de ucranianos pelas autoridades soviéticas não era assim diferente da mesma deportação aos trabalhos forçados, organizada pela Alemanha nazi alguns anos antes. A única diferença é que os alemães atuais ouvem com horror esses relatos, cobrindo a cabeça com cinzas pelos crimes dos seus avós, enquanto os admiradores modernos da URSS se orgulham dos actos do passado, escrevem que “pouco levaram estes ucranianos!” e, ocasionalmente prometem que “podem repetir”.
No total, até 1 de janeiro de 1953, as 175.063 pessoas estavam em assentamentos especiais, deportados das regiões ocidentais da Ucrânia durante as deportações de 1944-1952, muitos deles, organizavam as rebeliões contra os seus opressores comunistas mesmo nos novos locais da sua habitação.
Recordem estes factos aos fãs da URSS que vão vós contar sobre “o saboroso e barato sorvete soviético” e a sua medicina gratuita.
O seu apoio é importante, independentemente do valor que está disponível a doar
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