Agente “Felix” e a tentativa de colocar “toupeira” terrorista no regimento «Azov»

Створено: 13 березня 2017 Дата публікації Перегляди: 11020

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Entre dúzia de terroristas brasileiros que participaram na guerra russo-ucraniana no leste da Ucrânia do lado das forças russo-terroristas, o natural de São Paulo, Diego José Marchuk Polónio difere com a sua origem da Europa do Leste e por um assim chamado «anticomunismo caviar».

Diego Marczuk (14.11.1993) chamou o interesse dos grupos OSINT ucranianos quando no fim de 2015 escreveu ao grupo «InformNapalm», se apresentando como cidadão brasileiro que combateu na Donbas na qualidade do “militante pró-russo”, ficando totalmente desencantado com a «novaróssia», com as ideias e práticas terroristas e como tal desejava entrar nas fileiras do regimento «Azov». A informação hoje disponível permite supor que as estruturas «euroasianas», afetas à ideologia “duginista” tiveram, após receberem “OK” dos seus curadores russos, a ideia brilhant e de tentar colocar uma «toupeira» no regimento «Azov».

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Usando, com mais ou menos consentimento um “idiota útil” estrangeiro no papel do coprófago, na expressão do ex-oficial do GRU e escritor, Victor Suvorov.

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Greetings from Brazil,
I was a brazilian volunteer in novarussia for something like half year. I am and always been ANTI communist. Just went to learn with them to fight against communists in Brazil (something like maidan may happen here). This experience I noticed brutal violence, torture, slavery, theft and corruption (also know positions and key locations). I'm open to help with all information possible about such experience. If it was possible, I would join Azov Battalion. Thanks regarding the answer positive or not.
(texto a mensagem do Diego ao «IN» em inglês, ortografia e pontuação são originais).

Não é preciso dizer que «IN» não acreditou na sinceridade destes novas convicções do terrorista e após uma curta correspondência passou o seu «caso» ao grupo OSINT brasileiro «Myrotvorets Brasil», a unidade estrutural do grupo ucraniano “Myrotvorets” naquele país da América Latina.

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Julgando pela correspondência inicial com o terrorista e uma investigação OSINT posterior mais aprofundada, possuindo as reais convicções anticomunistas, embora bastante primárias e pouco estruturantes, sonhando com aventura, fama e viagens, Diego quis se juntar à Legião Estrangeira Francesa. Não possuindo qualquer experiência militar e não apresentando alguma forma física extraordinária, era muito pouco provável ser aceite naquela unidade de elite.

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Diego Marczuk durante a sua permanência ilegal na Ucrânia

Não se sabe ao certo, mas o mais provável que através da redes sociais Diego conheceu Sergej Munier (03.08.1990 ou 1992), natural de Luhansk que em criança emigrou para a França com a sua mãe e que realmente serviu na Legião Estrangeira (1-er régiment de spahis). Este terrorista internacional participou em duas campanhas de combates contra Ucrânia, em 2014 e 2015, inserido nos bandos «Vostok» e «Pyatnashka». Munier que em França passou por várias organizações de extrema-direita e na Ucrânia estava próximo dos neonazis russos do «Exército ortodoxo» (“guarda-chuva” ideológica dos nazis russos na guerra contra Ucrânia), na imprensa russa, nomeadamente no canal russo «Rossija24», é apresentado como «voluntário francês nas fileiras dos voluntários de Donbas».

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A casa nada luxuosa da família do Diego Marczuk em São Paulo

Durante algum tempo Munier serviu como «instrutor» no bando «Pyatnashka», onde treinava os estrangeiros, devido à sua experiência militar e domínio de língua russa e inglesa. O terrorista participou nos combates em Pisky, Mariinka e Debaltseve. Foi ele que tinha proposto ao Diego combater na Ucrânia, juntando assim, dois sonhos do brasileiro: ganhar a experiência em combate e algum dinheiro. Ao jovem oriundo da classe média baixa, à julgar pela aparência da sua casa familiar em São Paulo, propuseram combater os «comunistas» e «progressistas» (isso é, ucranianos), por 17.000 rublos russos mensais (cerca de 269 Euros).

Sabe-se ao certo que Diego Marczuk estive ilegalmente na Ucrânia entre 19.02.2015 e 07.09.2015, passando pela parte da fronteira não controlada pelas forças ucranianas.

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Diego (cabeça ligada) na companhia do Victor Afonso-Lenta

A sua primeira experiência de combate recebeu no bando «Unité Continentale» (a parte estrangeira do bando «Prizrak», hoje não existente), criada pelos “duginistas” franco sérvios, em primeiro lugar pelos terroristas franco-colombiano Victor Afonso-Lenta e franco-sérvio Nicola Perovic (mais tarde à eles se juntaram alguns brasileiros e espanhóis). Marczuk descreve «Unité» como grupo dirigido pelo FSB que fornece financiamento, as tarefas operativas e outro tipo de dicas.

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Lusvarghi, primeiro à esquerda de boné militar

Nas fileiras da «Unité» Diego se encontrava com já conhecido Rafael Lusvarghi, à quem descreve como comandante e combatente bastante fraco, um esforço da propaganda terrorista, uma espécie de «metrossexual» de Donbas, mais preocupado com as selfies e com o seu kilt do que com os subordinados e seguidores.

Na Donbas Marczuk também conheceu o chefe do bando «Prizrak» Aleksey Mozgovoy que recorda de foram bastante negativa:

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Vulgo Mozgovoy, ex lider da brigada Prizrak. Conhecido por errar em nao tomar a frente nas batalhas, O cara que chamou um estrangeiro da unidade internacional de macaco. O dia da noticia da morte deste elemento foi uma comemoração entre alguns elementos estrangeiros (pro russos).
(o comentário deixado pelo Diego na página de uma conhecida comunidade duginista brasileira, print screan do web-cashe, ortografia e pontuação da original).

Dado que a grande maioria dos terroristas brasileiros que passaram pelo leste da Ucrânia possuem as raízes afro-brasileiras, o racismo “antifascista” dos defensores da “novaróssia” se tornava para eles um adicional elemento de stress, ao par dos combates, algo para que não estavam preparados nem fisicamente, nem psicologicamente.

A experiência de dois meses no bando «Pyatnashka» (que estava ativo nos arredores de Shyrokyne) Marczuk também avalia bastante negativamente (postagem na rede Facebook de 29/10/2015, já apagada):
Devia no minimo nao citar esse “Pyatnashka” nessa pagina, depois desse batalhao fuder com os brasileiros que la passaram, batalhao corrupto em todos os niveis (porem tem muitas pessoas de bem). Os comandantes de la pouco se importam com a vida dos voluntarios, cansei de ver gente morrer por causa de desorganizaçao e falta de equipamento (preservados a ortografia e pontuação originais).

Nas conversas privadas Diego Marczuk se queixava que no bando “Pyatnashka” era vítima de humilhações, como brasileiro e como estrangeiro. Uma vez os outros terroristas roubaram os seus pertences pessoais, situação normal e até quotidiana naquele bando, como recorda o próprio brasileiro: «os membros desejam a morte dos seus colegas para ficar com as suas coisas pessoais».

Engraçado, mas os roubos eram praticados não apenas pelos membros locais ou os russos, mas também pelos “voluntários” franceses, casos do Munier e Mael Shleuh (28.01.1988), no passado 1º cabo do exército francês, mercenário estrangeiro da «dnr». Diego recorda que a dupla permanentemente roubava os pertences dos terroristas mortos e feridos, podia sacrificar algum «miliciano», o mandando para a morte certa, na tentativa de provar o seu peso e influência no seio do bando. O brasileiro descreve Munier como personagem de «esquerda caviar, poser propagandista estrangeiro que só tirava fotos no front mostrando arranhões como se fossem feridas de guerra».

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O terrorista franco-colombiano Victor Afonso-Lenta escrevendo sobre Diego Marczuk no seu Facebook

A investigação OSINT ucraniana permite supor que atualmente existe na França uma rede pequena, mas ativa dos angariadores à guerra pela «novaróssia», formada pelos veteranos russos e pós-sovieticos da Legião Estrangeira, com ajuda clara das estruturas «duginistas» que, seguramente, são controlados pelos seus curadores do FSB.

Diego também conta que o chefe do bando «Pyatnahska», Akhra “Abkhaz” Avidzba (27.01.1986) vendia os suprimentos aos membros estrangeiros do seu próprio bando, nada cobrando aos terroristas russos, embora estes recebiam as quantidades mais reduzidas. Diego Marczuk recorda que os estrangeiros recebiam quaisquer suprimentos de alimentos ou equipamentos em último lugar, do cada pagamento do valor dos seus “salários” o chefe “Abkhaz” se apropriava dos 2.000 rublos russos, alegadamente para as necessidades da unidade.

Dois meses depois, Diego passou ao bando «Sparta», sob comando do cidadão russo Arsen “Motorola” Pavlov, a unidade que ao seu ver recebia o melhor armamento e equipamento que chegava à Ucrânia nos assim chamados «comboios humanitários» russos.

A figura do «Motorola» Diego avalia como «propagandista», explicando que «Sparta» era comandada pelos militares russos e os curadores de FSB, que usavam o terrorista russo apenas como um certo símbolo. Pavlov, no recordar do Diego não era nada o tipo destemido, descrito pela propaganda russa, nos locais públicos ele sempre andava rodeado de vários guarda-costas que simplesmente tentavam não aparecer perante os objetivos dos propagandistas russos.

Diego Marczuk aka «Félix»

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Em abril de 2015 na revista brasileira “Isto é” foi publicada a reportagem especial chamada «Quem são os brasileiros na guerra da Ucrânia».

A reportagem conta sobre os terroristas brasileiros da assim chamada “1ª leva”, os que apareceram na Ucrânia em 2014-15. Um deles é jovem “Félix” de 20 anos (Diego já tinha 21), estudante, sem nenhuma experiência militar, veio ao território ocupado da Ucrânia com o seu “pai” em fevereiro de 2015. Já nos meados de março “Félix” estava se recuperar de hipotermia que apanhou nas trincheiras da linha da frente: «A guerra de verdade é muito diferente do que a gente pensa, não tem nada a ver com o vídeo-game». O jornalista também conta que no Brasil “Félix” era adepto dos jogos tipo shooter, casos de «Call of Duty» ou «Medal of Honor». Já na Donbas o aprendiz de terrorista afirmava «não tenho ideologia, não gosto de nenhuma ideologia política».

Verificando e comparando os dados pessoais do Diego Marczuk e «Félix», o grupo OSINT «Myrotvorets Brasil» chegou à conclusão do que se trata da mesma pessoa. Idênticos ou muito semelhante eram a idade, data de chegada na Ucrânia, ausência de experiência militar e até o amor pelos jogos de vídeo. A diferença nas ideologias de um e outros pode ser facilmente explicada com a conspiração por parte do terrorista, citado pelo jornalista brasileiro Yan Boechat, conhecido pela sua simpatia às ideias de esquerda.

Efetuando, com ajuda dos meios técnicos do grupo OSINT ucraniano «Myrotvorets», uma análise semi-profissional comparativa dos elementos das faces do Diego Marczuk e do «Félix», os ativistas receberam uma resposta esperada: 67% de possibilidade do que o terrorista brasileiro «Félix» que aparece mascarado na capa da revista “Isto é” (e algumas outras publicações brasileiras), com RPG-7 nas mãos e cidadão brasileiro, mercenário e terrorista internacional Diego José Marchuk Polónio é a mesma pessoa.

Vontade de servir no regimento «Azov»

Na explicação do Diego Marczuk a principal motivação de desejar se alistar no «Azov» foram as suas próprias convicções de direita e anticomunistas. Para provar a serenidade da sua decisão ele entregou aos ativistas OSINT ucranianos uma série de dados confidenciais, nomeadamente, os nomes, caraterísticas e contatos dos angariadores dos terroristas na Rússia, Europa e Brasil; os mapas com a localização exata das bases e movimentos dos bandos terroristas «Sparta» e «Pyatnashka», as caraterísticas pessoais dos líderes dos grupos terroristas, nomeadamente Pavlov «Motorola» e Rafael Lusvarghi. Uma parte dessa informação não possuía nenhum valor operativo, outras informações se revelaram realmente úteis e permitiram a criação do retrato psicológico do Lusvarghi, parte da operação especial que permitiu a sua captura e detenção no aeroporto internacional de Kyiv em outubro de 2016.

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O mapa das posições e aquartelamento do bando "Sparta" que Diego entregou às forças ucranianas

Após não conseguir explicar, de forma convincente, o seu desejo de se alistar no regimento «Azov», Diego contou que em 2015 ele pretendia se entregar ao SBU, mas apenas no território russo (Sic!), para garantir que não seria preso pelas autoridades ucranianas. Para poder se encontrar livremente na Europa e outras partes do mundo (a natureza aventureira chamou Diego para a Síria à combater nas fileiras dos grupos de autodefesa curdos YPG), ele finalmente decide abandonar «dnr», entregando aos ativistas OSINT ucranianos a informação comprometedora sobre os terroristas, contando com o tratamento favorável das autoridades ucranianas.

É improvável que a tentativa de implementar Diego no regimento “Azov” foi a parte de uma operação profissional do FSB. Da mesma forma, é pouco provável que era a sua iniciativa pessoal. Considerando que o terrorista brasileiro nunca parou de contatar os franco sérvios apoiantes do “duginisrmo”, é possível supor que a operação poderia ser inventada pelos “euroasianos”. Depois de receber um “OK” dos seus curadores de Moscovo.

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A correspondência entre Diego e os seus "camaradas de armas" sérvios

Neste contexto, Diego Marchuk parece mais um “idiota útil” estrangeiro que apesar da sua origem polaco-lituana-ucraniana, nas suas próprias palavras: «nao sabia nada sobre maidan ou situaçao [na Ucrânia], as escassas informaçoes era de que ucranianos defendiam interesses de progressistas (gays, drogas, etc). Pensava eu que Russia nao era mais comunista mas chegando em DNR era como se fosse uma pequena comuna».

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