Carta aberta para Presidente da Assembleia da República

Створено: 12 червня 2023 Дата публікації Перегляди: 2721

imageExmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Professor Doutor Augusto Santos Silva,
A destruição da estação elétrica de Kakhovka e sua barragem por terroristas russos na madrugada de 6 de junho de 2023 é mais um crime de guerra sob a Convenção de Genebra e o maior desastre causado pelo homem na Europa desde o acidente de Chernobyl em 1986.
Mesmo no curto prazo, as consequências desse ato terrorista, com a destruição da barragem de Kakhovka pelos russos, para a natureza e as pessoas são catastróficas, porque a escala de destruição de animais selvagens, ecossistemas naturais e parques nacionais inteiros é incomparavelmente maior do que as consequências para a vida selvagem de todas as ações militares desde o início da invasão em grande escala de fevereiro de 2022.
Em primeiro lugar, este acidente piora a situação de segurança de longo prazo na central nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, que depende da água do reservatório de Kakhovka , que é usada para alimentar os capacitares das turbinas da central e resfriar seus reatores.
Em segundo lugar, a destruição da barragem esvazia o reservatório, deixando aproximadamente 1 milhão de ucranianos nas regiões do sul, incluindo moradores da Crimeia, sem acesso constante à água potável. Também destruiria a economia local, particularmente os setores metalúrgico e agrícola da Ucrânia, que dependem fortemente do abastecimento de água. Tal golpe na agricultura ucraniana aprofundará a crise global de alimentos e afetará milhares de milhões de famílias em todo o mundo.
Em terceiro lugar, as águas da inundação destruirão pelo menos já 30 cidades e vilas da região de Kherson e o ecossistema de toda a região. Assim que a onda de inundação passar, a poluição massiva do Mar Negro começará.
O hediondo ato terrorista da Rússia, um ato de barbárie impensável e irresponsável no Barragem de Kakhovka, é outra demonstração clara do fato de que nem a Rússia nem o próprio criminoso Putin se preocupam com o futuro das terras ucranianas, que a propaganda russa chama de "historicamente russas". Tendo destruído a barragem de Kakhovka, os russos condenaram as terras do sul da Ucrânia ocupadas pelas tropas russas a se transformarem em um deserto. Até a Crimeia - a "pedra angular sagrada do espírito russo", como afirma Putin - está condenada, porque a destruição da barragem levará inevitavelmente à interrupção do fluxo de água doce para a península. Não conseguindo conquistar o povo ucraniano, o Putin resolveu destruir a eco sistema da Ucrânia. Se não é para império russo, então é para ninguém.
Este crime mais uma vez mostra, que o único objetivo da guerra russa contra a Ucrânia é o genocídio do povo ucraniano e a destruição total das terras ucranianas. Agora usando nova forma - ecocidio.
Com sua crueldade, a Rússia provou mais uma vez que se tornou a principal ameaça global para o resto do mundo. A comunidade democrática internacional deve unir todos os esforços possíveis para apoiar a Ucrânia e impedir essa barbárie - não apenas pelo bem da Ucrânia como tal, mas pelo bem de todo o mundo.
Nos últimos meses fala- se muito sobre a contra ofensiva das tropas ucranianas para libertar a Ucrânia e assim, justamente terminar a guerra. Para nós, ucranianos, é único possível cenário para terminar o genocídio. Mas não só. Sem mudar o regime totalitário na Rússia vamos continuar alvos dos futuros ataques.
Nós agradecemos o Portugal pelo todo o apoio (militar e outro) que contribua para terminar a guerra e diminuir os efeitos catastróficos para Ucrânia.
Mas é necessário definir claramente o regime de Putin como um estado terrorista, com todas as consequências jurídicas e financeiras deixamos a porta aberta para desviar as sanções aplicados a Rússia e continuar preencher o orçamento do estado, que quer ver o império russo de Vladivostok até Lisboa.
Os oligarcas russos que financiam a agressão russa continuam a receber cidadania nos países europeus sem nenhumas limitações. Essa incerteza, o medo de irritar Putin, de perder negócios com o estado terrorista corrupto, dá a Putin a convicção que pode continuar os crimes, aumentando o nível de destruição e brutalidade.
Sabendo os objetivos do Putin a atacar a Ucrânia, desde início de larga ofensiva do ano passado, a comunidade ucraniana várias vezes já pediu à Assembleia da República Portuguesa para definir os crimes de guerra cometidos pelo estado russo como crimes contra a humanidade a natureza e condenar o estado russo pelo apoio ao terrorismo, a exemplo do já aprovado nos Parlamentos da Estónia, Eslováquia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e República Checa e Parlamento Europeu em Novembro de 2022.
Assim relembramos que:
No dia 5 do junho de 2022, a Associação dos ucranianos em Portugal solicitou ao Presidente da Assembleia da República, que desenvolva as diligências necessárias para o reconhecimento do crime de genocídio cometido pela Federação Russa contra a nação ucraniana.
No dia 31 de julho de 2022 pediu à Assembleia da República Portuguesa para iniciar o processo de investigação dos crimes contra a humanidade planeado e cometido pelo Estado Russo e reconhecendo-o como Estado terrorista com todas as consequências subjacentes.
No dia 21 de novembro de 2022 pediu aos membros da Assembleia da República Portuguesa que reconheçam a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo internacional e o Grupo Wagner como uma organização envolvida em atos terroristas e que sejam tomadas todas as medidas apropriadas para prevenir novos ataques
No dia 6 de maio de 2023 a Comunidade Ucraniana em Portugal apelou ao órgão representativo de todos os cidadãos portugueses, a Assembleia de República, para que manifeste a sua concordância com a resolução aprovada, em 2 de maio de 2023, pelo Conselho Supremo da Ucrânia (VerkhovnaRada), que reconhece o “Russismo” como ideologia oficial da Federação Russa e condenara a natureza totalitária e anti-humanista das suas bases ideológicas e práticas políticas.
Sabemos, que sem estes condenações e definições claras sobre regime terrorista do estado russo, não estamos aplicar todos instrumentos políticos, económicos e jurídicos para parar com chantagem e agressão do Putin sobre Ucrânia e o mundo ocidental.
Com a destruição do barragem de Kakhovka, Putin mostrou ao mundo que futuro de planeta não lhe interessa. O que lhe importa - o império e o poder a qualquer custo, até com custo de próprio povo.
Por isso, pedimos à Assembleia da República Portuguesa para reconhecer a agressão russa contra a Ucrânia como um crime contra a humanidade e a natureza, como um genocídio contra o povo ucraniano e a Federação Russa como um estado, que apoia, fornece e produz terrorismo.
Associação dos Ucranianos em Portugal
Associação dos ucranianos no Algarve
Associação Juvenil Ucraniana CYM em Portugal
Centro educativo e cultural luso-ucraniano “ Escola Tarás Shevtchenko “
ORANTA- Associação de apoio á comunidade ucraniana em Portugal

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