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Nos últimos meses, a Ucrânia tem estado a "ferro e fogo" e as faúlhas chegam a Portugal. Por todo o país, a comunidade ucraniana acompanha diariamente o desenvolvimento da crise política e social no seu país de origem e procura mostrar aos compatriotas que não estão sozinhos.
Apesar de se considerarem integrados na sociedade portuguesa, os ucranianos não esquecem as suas origens e cultura. Num momento de crise no seu país, a comunidade ucraniana em Portugal mantém-se informada "24 horas por dia" sobre os acontecimentos na Praça da Independência em Kiev, na Crimeia e em todo o país, como afirma Olga Filipova.
No entanto, os "ucranianos portugueses" não se limitam a observar de longe os acontecimentos, mas também procuram participar, com a proximidade possível, na luta do povo ucraniano. Em Portugal, têm sido frequentes as vigílias e manifestações para apoiar os manifestantes que se encontram no centro da luta. Paulo Sadokha, presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, refere que, só no Porto, já foram três as manifestações nos Aliados e duas no Consulado da Ucrânia. O objetivo não é apenas mostrar que os manifestantes na Ucrânia não estão sozinhos, mas também angariar fundos para apoiar a luta em Kiev.
Iryna Shcherbatyuk, uma jovem ucraniana, tem participado ativamente nestas iniciativas. Iryna afirma que se sente segura em Portugal e que nesse sentido tem mais sorte do que os jovens ucranianos que estão no centro dos acontecimentos, mas garante que é muito difícil estar longe dos amigos e da família em luta.
Andriy Weber afirma também que esta distância não diminui a intensidade com que vive o momento, nem a sua revolta. O ucraniano mostra-se particularmente indignado com a falsa democracia e independência que a Ucrânia tem vivido desde 1991.
E foi precisamente em 1991, com o fim da URSS, que a Ucrânia se tornou um Estado independente. Contudo, para os ucranianos esta foi sempre uma independência "entre aspas", como referem Paulo e Andriy. Desde então que o povo ucraniano sonha com a integração na União Europeia. Quando, em novembro, surgiu essa oportunidade e Yanukovich, presidente deposto, disse "não" à União Europeia, começaram as manifestações. Os estudantes saíram à rua e, perante a violência da polícia de choque ucraniana, as famílias seguiram-lhes os passos até à Praça da Independência.
Entre estas famílias encontrava-se a de Iryna, que diariamente lhe fazia chegar notícias das ações na gelada capital ucraniana: os manifestantes não arredaram pé e nem as temperaturas negativas, nem a violência das forças policiais os demoveu. A jovem prefere saber as notícias através de amigos e familiares por considerar que nem sempre os meios de comunicação são isentos na cobertura dos acontecimentos.
Para Iryna e Andriy, nada fazia prever uma crise assim entre este povo passivo e a Rússia, que não pretende perder influência na antiga república soviética. Paulo, como presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, mantém contacto constante com o país de origem e garante que os mais de 90 dias de luta mudaram a mentalidade dos ucranianos, que assume serem mais ativos na luta política.
Longe da pátria-mãe, mesmo sem nunca terem falado antes, os quatro ucranianos falam a uma só voz: apesar de a guerra ser o cenário menos desejado, nenhum hesita em regressar e lutar ao lado dos seus compatriotas. Paulo refere, inclusive, que muitos homens em Portugal já se alistaram para a luta armada na Ucrânia.
Iryna, Andriy e Paulo vieram para Portugal em 2000 e 2001, devido às más condições económicas que a Ucrânia enfrentava então. Olga veio passar férias a Portugal em 2002, mas até hoje não voltou para o seu país. O futuro ditará o regresso ou não à Ucrânia.
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