Ucranianos em Lisboa pedem acções concretas contra regime

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Cerca de 60 ucranianos manifestaram-se hoje junto da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa para pedir à comunidade internacional acções concretas para impedir a morte de manifestantes em Kiev e denunciar um regime que consideram antidemocrático e corrupto.

"O dia de hoje e o dia de amanhã (sexta-feira) são decisivos para o que está a acontecer na Ucrânia. Se a Europa e os Estados Unidos, o mundo ocidental, avançarem com sanções, vão transmitir a (o presidente, Viktor) Ianukovitch que vai responder por estes crimes e isso ajuda a parar" a situação, disse à agência Lusa Pavlo Sadokha, presidente da associação de ucranianos em Portugal.

Para este ucraniano, como para outros ouvidos pela Lusa, se a Europa e os Estados Unidos tivessem aplicado sanções ao governo ucraniano quando, há três meses, começaram os protestos, a situação não chegava a este ponto, com mais de 90 mortos nas últimas 48 horas.

"Não sei o que é preciso acontecer mais na Ucrânia para eles finalmente reagirem da maneira que já deviam ter reagido há meses", afirmou Vlad Martinho, um estudante que cresceu em Portugal e, depois de cinco anos na Ucrânia a tirar um curso superior, regressou há cerca de um ano para prosseguir os estudos.

"Ouvimos muitas palavras de apoio dos políticos europeus, dos EUA, mas foram só palavras e nenhum dos líderes se mostrou preparado para implementar sanções que fizessem mesmo diferença", criticou.

Os manifestantes, munidos de bandeiras ucranianas e de cartazes apelando para a ajuda da comunidade internacional, foram falando a um microfone, na maior parte das vezes em ucraniano mas também em português, e cantaram o hino nacional.

"Estive a dizer aos manifestantes que hoje e ontem na Ucrânia aconteceram coisas horríveis, dezenas de pessoas foram mortas, centenas foram baleadas (...) Também estive a dizer-lhes que a minha mãe está agora no centro da cidade (Kiev) e que espero que esteja tudo bem com ela", explicou Vlad.

Questionado acerca de relatos sobre a presença de franco atiradores que disparam contra os manifestantes na praça Maidan, Pavlo Sadokha não hesitou em dar-lhes credibilidade.

"Nas páginas principais independentes da Ucrânia há vídeos em directo que mostram atiradores com kalashnikovs e espingardas que estão a atirar contra as pessoas. É só ir a essas páginas e ver estas provas", disse.

Vlad e Pavlo recusaram por outro lado o argumento das autoridades ucranianas e russas de que os manifestantes são radicais de extrema-direita, assegurando que têm conhecidos na praça Maidan com quem falam, "professores, estudantes, médicos", "pessoas que trabalham" e não têm actividade política.

"O que hoje acontece na Ucrânia é que o regime de Ianukovitch começou a matar o povo da Ucrânia. Matar aqueles que querem simplesmente uma mudança pacífica", disse Pavlo Sadokha.

Para vários dos manifestantes ouvidos pela Lusa, o que está nesta altura em causa não é tanto a opção entre uma aproximação à Europa ou à Rússia, mas o desenvolvimento político e económico do país, marcado pela falta de liberdade, pela corrupção e pelas difíceis condições de vida.

"Estamos a pedir para acabar com os nossos políticos, porque são corruptos demais, e o povo sente que o nosso presidente tem de sair", explicou Andris, empresário radicado em Portugal há 15 anos.

Segundo este manifestante, quando foi eleito, Ianukovitch "só falava de democracia e desenvolvimento", mas depois de algum tempo a realidade foi outra.

"Pelos factos vemos que ele constrói palácios para ele, compra os helicópteros mais caros do mundo, o filho enriqueceu em três anos tornando-se um dos mais ricos da Ucrânia, e nós vemos que democracia para ele é só para a família, não é para o povo", disse Andris.

"O que quero ver mudado no meu país é praticamente tudo", admitiu Vlad. "Quero que as pessoas percebam que a maioria nem apoia o governo nem a oposição, quer caras novas, pessoas que vejam a política como um meio de desenvolver o país, não como uma maneira de ganhar fortunas e escondê-las noutros países".

"A Ucrânia está muito muito mal", afirma Gina, uma idosa a trabalhar em Portugal há "vários anos".

"Porque vimos para aqui trabalhar? Na Ucrânia não temos terra, não temos trabalho, morremos de fome", conclui.

Lusa/SOL


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