PARA: AMNISTIA INTERNACIONAL

Exmos. Senhores,
As Comunidades Ucranianas no mundo denunciaram o massacre realizado pelo Exército da Federação Russa na cidade de Olenivka onde foram executados de forma cruel os soldados ucranianos, prisioneiros de guerra e quando exigiram investigações esperaram que a Amnistia Internacional se predispusesse, de forma célere, a apoiar tais investigações e a reconhecer o Estado russo como um Estado terrorista mas lamentavelmente a acção da Amnistia Internacional além de não estar a ser eficaz, está a apoiar a continuação do sofrimento do Povo Ucraniano.
Os resultados de uma pesquisa nacional realizada pelo Instituto Democrático Nacional da Ucrânia (realizado em Julho de 2022) mostraram que 97 por cento dos ucranianos depositam toda a confiança nas Forças Armadas Ucranianas e aos inquiridos, de forma directa ou indirecta, sentiram-se apoiados pelas mesmas Forças Armadas.
De Portugal a diáspora ucraniana já enviou para as Forças Armadas Ucranianas dezenas milhões de euros de apoio e, diariamente, temos estado em contacto directo e permanente com os nossos compatriotas na Ucrânia e não temos registo de queixas apresentadas pelos ucranianos ou por instituições ucranianas à Amnistia Internacional. Neste momento, todo Povo Ucraniano tornou-se nas Forças Armadas da Ucrânia para defender a sua vida, para defender o mais básico dos Direitos Humanos e da Dignidade Humana. Assim sendo se os agressores nos condenaram a perecer e a desaparecer, não teremos outra solução senão resistir à opressão, a lutar contra agressor e combater a ocupação.
Lamentamos profundamente que teremos de reconhecer que a mais recente e infeliz declaração da Amnistia Internacional “PELO FIM DA AGRESSÃO E PELA PROTEÇÃO DE CIVIS NA UCRÂNIA” está a ajudar ao prolongamento do conflicto em vez de ajudar a acabar com a guerra num momento onde toda a diáspora ucraniana pede a condenação dos crimes mais hediondos e contra a humanidade perpetrados pela Federação Russa contra o Povo Ucraniano.

Presidente da Associação dos ucranianos em Portugal,
Pavlo Sadokha