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Vinte quilómetros separam a cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, da zona comandada por separatistas apoiados pela Rússia. Ivan Sinepalov é habitante de uma cidade que se acostumou a essa presença vizinha, para muitos indesejável. Tem esperança que o conflito termine, mas "depende de quanto tempo Putin viver".
A cidade de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, chegou a estar ocupada pelos separatistas pró-russos quando a Crimeia foi invadida em 2014. As forças armadas ucranianas conseguiram depois retomar o controlo. Oito anos depois, a ameaça russa não desapareceu e, por estes dias, tem até aumentado, com forças militares mais numerosas na fronteira com a Ucrânia. Vladimir Putin também não dá mostras de querer apaziguar a região.
A TSF conversou com Ivan Sinepalov, um dos quase 500 mil habitantes da cidade que está perto, não só da fronteira com a Rússia, como também da região de Donbass, em algumas partes ocupadas por separatistas apoiados pela Rússia. Ivan acredita na diplomacia como um caminho para serenar o conflito, mas acrescenta que o envio de armas, por parte das forças ocidentais, é essencial. Tem o desejo de ver um dia a Ucrânia na União Europeia e na NATO. Um cenário que Putin vê como afronta, já que a região esteve outrora sob o domínio russo.
Com estas tensões entre a Rússia e os Estados Unidos, por causa de uma possível nova invasão da Ucrânia, depois da Crimeia em 2014, como é que estão a lidar com a situação, a uns meros 20 quilómetros dos separatistas pró-russos?
Basicamente a vida normal em Mariupol, é mesmo isso, normal. Nós vivemos esta ameaça há 8 anos e em todo este tempo há perigo: De que eles vão avançar mais para a Ucrânia, de que vão retaliar, de que eles vão capturar Mariupol. A artilharia deles pode atingir a cidade a qualquer momento. Nós estamos conscientes da presença da Rússia e as pessoas aqui habituaram-se a este estado permanente de perigo.
Ainda sente confiança nas forças armadas?
As forças armadas da Ucrânia já não são o que eram em 2014 e agora tenho a certeza de que se a Rússia atacar eles serão travados.
"Um dia teremos de ter os nossos territórios de volta"
Apesar disso, a ameaça não desaparece?
Obviamente que há uma ameaça. Nós estamos conscientes que eles podem avançar e estamos a lidar com isso seriamente, mas não agimos como se tivéssemos com medo ou em pânico. As nossas forças militares estão a ser treinadas. As unidades de defesa do nosso território estão a dar treino às pessoas. Eu penso que algumas têm kits de sobrevivência, vitais para uma potencial fuga, o que é provavelmente a coisa mais inteligente a fazer. Nós temos de estar preparados e receber ajuda dos nossos aliados do ocidente. Estamos muito gratos pelo que os Estados Unidos e o Reino Unido estão a fazer agora, ajudando-nos com armas, por exemplo.
Acredita na diplomacia como forma de serenar os ânimos de parte a parte?
Se eu disser que a diplomacia não pode resolver, pode parecer que eu não acredito na diplomacia e que não deve ser usada, o que não é verdade. Eu penso que a diplomacia é uma maneira de ajudar, parcialmente. Pode ver como a nossa diplomacia está a trabalhar agora, criando novas alianças, novas uniões entre o Reino Unido, Polónia e Ucrânia e isso é a coisa certa a fazer. Mas, a guerra também pode ser prevenida se a Rússia perceber que aqui não será bem-sucedida. A forma de conseguir isso é darem-nos armas, tudo o que é preciso para defender e provavelmente para atacar, porque um dia teremos de ter os nossos territórios de volta.
O presidente russo, Vladimir Putin, não parece baixar a intenção de invadir a Ucrânia, como olhar para isso?
Nós não temos de pensar no que é que Vladimir Putin pensa ou o que diz porque é óbvio que ele apenas quer capturar os territórios que puder. Teve sucesso na Geórgia em 2007, na Moldávia, na Crimeia. Se nós formos dar ouvidos ao que ele tem para dizer, não irá parar o mundo, irá apenas provocá-lo a avançar mais.
Por outro lado, o presidente da Ucrânia adotado uma postura algo ziguezague em relação ao conflito. Concorda com esta posição do chefe de Estado?
É melhor não responder a essa questão, por favor [Risos]. É a nossa dor de ter ele a lidar com a situação. E o facto de ter sido humorista não é a pior das coisas [Risos].
"Fim do conflito? "Tudo depende de quanto tempo Putin viver""
Uma eventual integração da Ucrânia na Nato e na União Europeia tem sido um tema central no conflito, porque Putin vê essa integração como uma ameaça a um território que outrora foi russo. Enquanto cidadão da Ucrânia, gostaria de ver o país nestas duas instituições?
Claramente. Na verdade, nós podíamos ter integrado a NATO há um tempo quando em 2008 a NATO recusou a nossa possibilidade de integrá-la. Foi um grande erro que levou à guerra. Obviamente que Putin não invadiria a Ucrânia em 2014, se estivéssemos na NATO. Agora é quase vital para nós integrarmos a organização. No caso da União Europeia é importante, mas, não diria que é vital, em termos de sobrevivência, mas sim no desenvolvimento, integração cultural. Agora importante é ser membro da NATO para claramente mostrar que as nossas preocupações são na fronteira de leste e não no oeste.
Sente que, de alguma forma, a NATO tem ajudado a resolver o problema, ou pode estar a contribuir para uma espécie de nova guerra global?
O único verdadeiro problema da NATO, comparando com Rússia, é que precisa de muito tempo para cooperar, de muito tempo para chegar a um acordo que resolva os problemas. Eles não conseguem enviar forças, num piscar de olhos como a Rússia consegue. Se a Rússia quiser invadir a Estónia, por exemplo, consegue fazê-lo agora. Se a Estónia quiser defender-se, com forças da NATO, tem de esperar não sei quando tempo para tudo estar a funcionar. No caso da Ucrânia, a longo prazo, claro que a NATO vai cooperar como pode e claramente vai derrotar a Rússia facilmente e Putin sabe disso. Ele não pode lutar contra a NATO. Quando fala em guerra global, não, isso não vai acontecer.
Como gostaria de ver a Ucrânia daqui a 5/10 anos, acha que é possível o conflito estar terminado?
Tudo depende de quanto tempo Putin viver, porque obviamente ele não vai desistir do poder, nem brevemente, nem nunca. A Rússia agora é um império pessoal, como nós encontramos os grandes impérios antigos construídos com base em líderes. Quando esse líder morre, o império morre com ele. É bastante provável que nações como a Rússia fiquem independentes e, obviamente, isso vai ajudar-nos com todos os nossos problemas.
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