- Закон України № 376-V про Голодомор 1932-33 рр.
- Офіційне визнання міжнародною спільнотою
- Суд над організаторами Голодомору-Геноциду
Статут Культурно-освітнього центру «Дивосвіт» при Спілці українців у Португалії
Увага!
- Українсько-португальська угода про соціальне забезпечення
- До уваги всіх, хто оновлює або отримує водійські посвідчення в Португалії
- У відпустку в Україну власним автотранспортом до 60 днів
- «Шлях Перемоги» - громадсько-політичний тижневик
Entre os anos 1932 e 1933, os ucranianos protagonizaram, a contragosto, algumas das páginas mais tristes e menos conhecidas da história soviética. Foram “páginas em branco”, porque omitidas durante décadas pelo regime capitaneado, à época, por Stalin.
A Ucrânia era considerada, até então, o “celeiro da Europa”, graças à fertilidade de seu solo negro (chernozem), explorado pela maioria de seus cidadãos, historicamente agricultores.
Em 1929, com plenos poderes ditatoriais, Stalin forçou a implantação de uma indústria estatal e a colectivização das actividades agricolas, através de kolkhozes (cooperativas agrícolas) em seu vasto império. Naturalmente, essa política económica encontraria sérios obstáculos entre os agricultores ucranianos mais prósperos e favoráveis à economia de mercado (chamados pejorativamente de kurkuls).
A reacção do Stalin foi dar uma “lição aos nacionalistas renitentes”. Primeiramente, acabou com os kurkuls. Muitos proprietários abonados foram assassinados e os demais (2.800.000) foram deportados para o Kasaquistão e a Sibéria. O segundo passo foi a nacionalização das pequenas propriedades privadas, obrigando a filiação de seus donos às kolkhozes. Finalmente, decretou o confisco dos alimentos. Pela primeira vez no Estado moderno alguém utilizaria a fome como uma arma de destruição colectiva.
Mecanismos perversos
Em lingua ucraniana, o neologismo Holodomor (Grande Fome provocada artificialmente) identifica a tragédia que varreu o pais, transformando-o em uma estepe vazia onde rastejava, em completa inanição, a população inocente. Os sobreviventes não tinham forças para sepultar seus mortos.
Através de uma intolerável politica fiscal, todos os recursos monetários foram exauridos pelo Estado soviético. A totalidade da produção agricola era obrigatoriamente requisitada pelas cooperativas. A chamada “lei das cinco espigas”, proposta pessoalmente pelo ditador em agosto de 1932, exigia a morte por fuzilamento ou a prisão por dez anos para o infeliz surpreendido roubando comida.
As mercadorias da população foram confiscadas e proibido o seu comércio, sob pena de fuzilamento ou prisão por dez anos. Outras regiões da URSS estavam proibidas de ajudar aquelas populações. Foram retidos os passaportes internos, de modo que as famílias não podiam procurar alimentos em outras áreas da URSS. A repressão foi acompanhada por um ataque impiedoso à cultura ucraniana, à fé ortodoxa e à consciência nacional.
Silêncio!
A direcção da polícia política secreta decretou: “É categoricamente proibido a qualquer organização ter o registro dos casos de doença ou morte por fome, excepto os órgãos da polícia política”. Em 1934, ela decidiu que todos os registros do censo de 1932-1933 fossem enviados a repartições especiais, onde, com toda a probabilidade, foram destruidos. Como se aquela gente jamais tivesse existido. Na verdade, elas foram mortas duas vezes. Primeiramente pela fome. Em seguida, pela omissão a que foram submetidas por mais de setenta anos pelo regime soviético.
Não se pode esquecer
O actual presidente da Ucrãnia, Viktor Yushchenko, quer evitar a perda da memória histórica de seu povo: "O mundo deve saber a verdade sobre todos os crimes contra a humanidade. Somente dessa forma teremos a certeza que a indiferença nunca mais irá atrair os criminosos". Ele declarou 2008 o ano da memória pelas vitimas da Holodomor.
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