Rússia tenta proibir Holodomor

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Категорія: Новини , Україна
Створено: 05 липня 2012 Дата публікації Перегляди: 1884

A Federação Russa proíbe e prevê a responsabilização criminal pela posse ou divulgação de livros sobre Holodomor ucraniano, sobre os arquivos de NKVD, sobre os movimentos de libertação nacional da Ucrânia ou sobre o nacionalismo ucraniano.
A informação pode ser conferida na Lista Federal dos Materiais Extremistas (SPISOK), publicada na página do Ministério da Justiça da Rússia. Neste momento a lista tem 1271 posições de livros, brochuras, vídeos, canções, panfletos, revistas, versos poéticos, publicações nos jornais e revistas, páginas e artigos on-line. Pela primeira vez a lista foi publicada em 2007 e possuía apenas 14 posições. Juntamente de cada obra é publicada a decisão legal que proíbe a sua posse ou divulgação na Rússia.
A lista proíbe as publicações mais que diversificadas, de extrema-direita e dos Testemunhas de Jeová (67 publicações), da extrema-esquerda e do cientologismo, desenhos, opiniões publicados nos fóruns (posição 552), materiais anti – Putin e dedicados à resistência islâmica no Cáucaso.
Em dezembro de 2011 na lista foram colocadas diversas publicações dos autores e historiadores ucranianos, que não são proibidos na Ucrânia ou em nenhum outro país do mundo. Estes livros descrevem Holodomor como um ato do genocídio contra o povo ucraniano. Outros são dedicados aos crimes do NKVD e se baseiam nos documentos de arquivo. Na lista também entrou o livro sobre a vida e a obra do Stepan “Bendera” e a obra do publicista ucraniano Viktor Roh (“Roog” na lista), sobre o nacionalismo.
Os livros ucranianos segundo a sua posição na lista federal:

1149. Edição impressa Ruslan Stepanovich Chastiy “Stepan Bendera. Mitos. Lendas. Realidade”, 2007 (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
1150. Edição impressa Viktor Roog “Juventude e nacionalismo”, 2002 (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
1151. Edição impressa “Holodomor de 1932-1933 na Ucrânia: Materiais do caso criminal № 475” (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
1152. Edição impressa Yuriy Shapoval, Volodymyr Prystayko, Vadym Zolotariov, “ChK-GPU-NKVD na Ucrânia: personalidades, factos, documentos”, 1997 (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
1153. Edição impressa Vladimir Vasilenko “Holodomor 1932-1933 na Ucrânia como o crime do genocídio: avaliação jurídica”, 2009 (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
1154. Edição impressa Vasyl Morochko (na realidade o apelido do autor é Marochko), “Genocídio dos ucranianos. Série: Holodomores 1932-1933. Holodomor”, 2007 (decisão do tribunal do bairro Meshanski da cidade de Moscovo de 01.12.2011);
A “condenação” da literatura ucraniana aconteceu sensivelmente na mesma altura em que na Rússia começou a perseguição judicial da União dos Ucranianos da Rússia (OUR).
Fonte:
www.istpravda.com.ua

 

PS:
É um absurdo quando os livros históricos escritos na base das fontes documentais fornecidos pelos arquivos estatais podem ser considerados “extremistas”. Mas o absurdo maior quando isso tudo acontece no país que não considera extremistas as publicações que defendem “artificialidade” da língua e da nação ucraniana. Muito menos proíbe ou condena a glorificação do Estaline, das repressões, dos genocídios e dos extermínios dos cidadãos.


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